A estomaterapia é um atendimento médico de qualidade para pessoas que fizeram uma estomia. Trata-se de um serviço essencial para os pacientes. Ao fornecer uma solução complementar para muitas patologias, promove o bom atendimento e auxilia os ostomizados, principalmente na cicatrização do câncer retal.
O que é uma ostomia?
Antes de falar em estomaterapia, é importante lembrar o que é uma ostomia. A palavra ostomia tem raiz grega e significa “boca”. É o resultado de uma operação cirúrgica que consiste em conectar um órgão lesado (intestino ou ureter, por exemplo) diretamente à pele.
As ostomias não são todas do mesmo tamanho, nem mesmo formato, nem mesmo local. Tudo isso depende da parte do órgão afetado e o aparelho é adaptado caso a caso.
O objetivo desta operação é garantir a evacuação das fezes ou da urina para fora do corpo, quando as vias naturais estão seriamente afetadas e tornam esta tarefa impossível. Esse desvio pode ser temporário ou permanente, dependendo da gravidade da situação.
Assim, a maioria das ostomias é temporária, pois é realizada enquanto se aguarda a cicatrização das lesões. No entanto, podem ser permanentes se o órgão for destruído ou removido, como infelizmente é o caso do esfíncter anal no câncer de reto inferior.
O que é estomaterapia?
A estomia consiste em apoiar o paciente durante todo o seu estoma: antes da operação, escolhendo o melhor local para o estoma, durante a internação, ensinando ao paciente os cuidados corretos e, finalmente, após a internação, permanecendo disponível para o estomizado.
A estomaterapia é o domínio dos conhecimentos técnicos e dos princípios da relação de ajuda, de forma a permitir que o estomizado recupere sua autonomia após a intervenção. Visa também apoiá-lo para que possa retomar uma vida pessoal e profissional o mais normal possível.
Foi em 1961, nos Estados Unidos, que nasceu a estomaterapia, a partir da formação de um grupo de cuidadores especializados no manejo de pacientes e no cuidado da estomia.
O que é um estoma digestivo?
Para resolver seu problema intestinal, o cirurgião fará uma ostomia (ponte cirúrgica do intestino para a pele) em seu abdômen. Temporariamente (alguns meses) ou definitivamente, é através desse estoma que, a partir de agora, as fezes e os gases serão evacuados e serão recolhidos no bolso. Existem diversos aparelhos que podem atender às suas necessidades e ao seu estilo de vida.
Por que um estoma digestivo é necessário?
Existem várias indicações para a criação de um estoma digestivo, sendo as principais:
- Câncer afetando o sistema digestivo ou câncer invasivo afetando órgãos próximos;
- Doença inflamatória intestinal crônica;
- Um trauma;
- Uma malformação congênita;
- Polipose adenomatosa familiar.
Os estomas digestivos podem ser permanentes ou temporários (alguns meses).
Quais são as consequências de criar uma ostomia?
A criação de uma estomia leva à perda da continência: a emissão de fezes e gases não pode mais ser controlada. O uso de um dispositivo é então necessário.
Existem vários sistemas de coleta. Eles devem ser adaptados aos diferentes tipos de fezes.
O enfermeiro estomaterapeuta ou equipe de enfermagem irá auxiliá-lo na escolha do dispositivo, levando em consideração o tipo de estomia, sua destreza, sua pele e também no aprendizado dos cuidados a serem realizados.
O que é um estoma urinário?
Um estoma urinário é o desvio permanente de urina através de uma abertura externa localizada no abdômen. Este estoma garante o bom fluxo permanente da urina produzida pelos rins para o exterior.
A urina será, portanto, recolhida por um dispositivo externo (bolsa), de capacidade suficiente, que ficará colado à sua pele.
Existem diferentes dispositivos que podem atender às suas necessidades e ao seu estilo de vida.
Por que um estoma urinário é necessário?
Existem várias indicações para a confecção do estoma urinário, sendo as principais:
- Câncer de bexiga ou câncer invasivo de órgãos próximos;
- Lesões resultantes de tratamento médico ou cirúrgico (bexiga iatrogênica, disfunção do esfíncter vesical, cistite hemorrágica, etc.);
- Anomalias congênitas (por exemplo: espinha bífida, bexiga neurológica, etc.).
Qual é o papel do estomaterapeuta?
O estomaterapeuta domina o conhecimento técnico e os princípios da relação de ajuda permitindo que o estomizado recupere sua autonomia o mais rápido possível após a intervenção.
Esse apoio permite a retomada de uma vida pessoal, profissional e social o mais normal possível. Portanto, o estomaterapeuta será chamado a intervir na escolha do dispositivo mais adequado, bem como no acompanhamento dos pacientes antes e após a intervenção cirúrgica.
Antes da cirurgia, o estomaterapeuta acompanha o futuro estomizado para esclarecer suas dúvidas e faz uma marcação para definir o local adequado para a futura estomia. Também realiza acompanhamentos pós-operatórios para adequar o equipamento às condições de vida dos pacientes.
Assim, o estomaterapeuta encontra uma solução satisfatória para todos os problemas de adaptação que podem surgir fora do acompanhamento intervencionista. Garante segurança e confiança em razão a um suporte adaptado à escolha do paciente, à sua personalidade e às suas necessidades em casa. Os pacientes também têm a oportunidade de manter contato.
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